Arquivo do mês: junho 2011

A arte de deslizar – parte 3

Aí vai mais uma sessão sobre a arte de deslizar. (Veja as anteriores aqui e aqui.)

1. Surfe noturno –

A incrível capacidade humana de produzir coisas belas

2. Surfe no Waimea River

E tudo começou com uma “cavadinha” na areia. Para quem não sabe, Waimea é uma das mecas do surfe mundial, palco de ondas gigantes no inverno havaiano.

3. Surfe de rio na Indonésia

Seven Ghosts ou “The Bono”. Meu amigo Serginho Laus diz que na Amazônia temos ondas melhores do que na Indonésia, o que nos falta são recursos para produzir imagens como estas! Não duvido nem um pouco!

4. Jet Ski na crista da onda

A arte de deslizar – e de se abaixar também! Olhem de onde aparece o jetski e como o sujeito consegue desviar!

5. Surfando o tsunami

É claro que não é um tsunami, mas esta onda é grande o suficiente para parecer um. Um dos videos mais acessados (se não o mais acessado) de surf no YouTube.

6. Surfando em Jaws à noite.

Jaws é um dos lugares que suporta as maiores ondulações surfáveis do planeta. Não satisfeito em surfar ondas gigantes, este cara chamado Mark Visser surfou esta onda gigante à noite.

E nunca esqueça de deslizar!

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Gerar mais valor para os acionistas ou jogar mais bola com a gurizada?

A felicidade é uma boa caminhada

Genial. A discussão sobre modelo de desenvolvimento com base na felicidade e bem-estar cada vez ganha mais adeptos. Ainda falta muito para nos livrarmos do PIB como medida de sucesso, mas autores de peso engrossam as fileiras de quem acredita nesta opção.

Thomas Friedman, colunista do NY Times,vem falando há um bom tempo sobre meio ambiente, mudanças climáticas e  sustentabilidade. Na coluna publicado no Estadão no último sábado 11 de junho, ele citou o ambientalista e empresário australiano Paul Gidding, que lançou um livro com a tradução livre para o português: “A grande ruptura: por que a crise climática trará o fim da compulsão da compra e o nascimento de um novo mundo”.

O ponto principal é que com as mudanças climáticas, teremos que nos adaptar rapidamente e isso fará com o que a sociedade mude o jeito de consumir e utilizar recursos naturais. Vamos ter que aprender a viver na escassez.

Mas a genialidade do trabalho de Gidding é a frase com que Friedman encerra sua coluna. Vejam em negrito que maravilha a ironia e o sarcasmo com nossa miopia capitalista:

“Nós perceberemos, ele prevê, que o modelo de crescimento movido pelo consumo está quebrado e que temos de mudar para um modelo de crescimento mais movido pela felicidade, com pessoas trabalhando menos e ganhando menos. “Quantas pessoas”, pergunta Gilding, “deitadas em seus leitos de morte dizem “gostaria de ter trabalhado mais duro construindo mais valor para acionistas” e quantas dizem “gostaria de ter jogando mais bola, lido mais livros para meus filhos, caminhado mais?“”

Para isso, é preciso um modelo de crescimento baseado em oferecer mais tempo para as pessoas gozarem a vida, mas com menos coisas.” Parece utópico? Gilding insiste que é realista. “Estamos a caminho de uma escolha movida por crise”, diz ele. “Ou permitiremos que o colapso nos atinja ou desenvolveremos um novo modelo sustentável. Escolheremos a segunda. Podemos ser lentos, mas não somos estúpidos.”

Esta é uma contribuição para começarmos a semana pensando naquilo que realmente vale a pena.

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Tempos de barbárie

Há duas semanas, morria Zé Cláudio Ribeiro junto com sua esposa Maria do Espírito Santo, quando voltava para casa, no Asssentamento Agroextrativista Praia Alta Piranheira, em Nova Ipixuna, no sul do Pará. Eram apenas mais dois dos centenas de agricultores que nada mais queriam do que viver em paz, protegendo a floresta que tanto gostavam.

Segundo escreveram os colegas do TEDx Amazônia no dia seguinte à morte dele: “José Claudio Ribeiro era castanheiro e vivia da extração de castanhas e outras frutas na floresta. O lugar onde morava é protegido por lei e o corte de árvores, ilegal. Assim, Zé Claudio negava-se a negociar as árvores com os madereiros da região. A pressão era grande: muita gente já tinha abandonado o assentamento e vendido, ilegalmente, as terras. Zé Claudio denunciava os crimes e, por isso, as ameaças eram constantes. Sua palestra no TEDxAmazônia conta exatamente essa história. Num trecho, ele diz: “A mesma coisa que fizeram no Acre com Chico Mendes, querem fazer comigo”. E fizeram.”

A fraqueza de Zé Cláudio e demais é que vivem em terras valorizadas pelo que contém: madeira de primeira qualidade. Grande parte da madeira consumida em São Paulo vem da Amazônia. Em última instância, somos todos responsáveis por estes crimes quando não perguntamos a origem da madeira.

Zé Cláudio foi explícito no video dele (abaixo) no TEDx Amazônia. O pior de tudo é que a morte dele foi anunciada. Ele veio a público falar isso como uma última medida de desespero. E ninguém ouviu…

Na semana passsada, o jornalista amigo Felipe Milanez, que também palestrou no TEDx Amazônia e foi o autor do convite para que Zé Cláudio falasse lá, escreveu uma excelente matéria na Carta Capital sobre os últimos momentos do casal. Vale a pena ler e lembrar disso na próxima vez que formos comprar madeira.

http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/os-ultimos-momentos

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