Arquivo do dia: novembro 18, 2008

Lixo seco ou úmido?

Fui colocar algo no lixo agora e vi que estava tudo misturado aqui em casa. Apesar de falar bastante e de conscientizar sobre a separação do lixo, estava difícil de saber o que pode e o que não pode. Vou colar o material anexo na parede para ver se fica mais claro. Afinal, não é trivial essa tarefa.

Segue para quem quiser. Veio do instituto Akatu (Fonte: http://www.akatu.org.br/central/especiais/2008/sera-que-isso-vai-para-a-reciclagem). Adaptei levemente para poder imprimir em duas páginas do word e colar próximo ao lixo.

Materiais que devem ser encaminhados para reciclagem

  • Embalagens de vidro, garrafas, copos e vidro de janela.
  • Cacos de qualquer embalagem de vidro podem ser enviados para reciclagem, mas devem ser protegidos e limpos. “Todo vidro deve estar identificado e ser colocado em caixa de papelão ou embrulhado em jornal, para evitar que alguém se machuque”, ensina Ferreira.
  • Jornais, revistas, folhas de caderno, formulários de computador, caixas de papel e papelão em geral, aparas de papel, fotocópias, envelopes, folhas sulfite usadas (dos dois lados) e cartazes velhos.
  • Latas de folha de flandres (como lata de óleo, salsicha, leite em pó).
  • Latas de alumínio (refrigerante, cerveja)
  • Aço (talheres, armações de óculos)
  • Embalagem marmitex (limpas)
  • Chapas de metal
  • Papel alumínio limpo (sem resíduos orgânicos, como restos de comida)
  • Materiais feitos em PVC rígido (canos, p.ex.)
  • Copos, pratos, potes e embalagens plásticas (como as de detergente, shampoo etc.)
  • Tampas plásticas
  • Sacos (de leite, arroz etc.)
  • Embalagem PET de refrigerante
  • CD  e DVD são considerados plástico misto, e podem ser enviados para reciclagem.
  • Sacolinhas plásticas e o plástico filme, desde que limpos, ainda que “o mercado para esse tipo de material (seja) bem fraco, dificultando o escoamento desse material para a reciclagem”, explica Patrícia.
  • Tubos de pasta de dente, assim como outras embalagens de produtos de higiene e beleza. “Use até o final, o máximo que puder e então envie para reciclagem”, diz Patrícia.
  • Canetas esferográficas, separe a parte de fora, a “capinha”, feita de plástico e envie para reciclagem. A carga deve ser jogada no lixo comum.
  • Pedaços de materiais ou produtos de pequena dimensão (de plástico, papel, etc. ou os de metal, como grampos, pregos, por exemplo), que, como são pequenos devem ser juntados em potes para depois enviá-los para reciclagem – de preferência separando por tipo de material.
  • Quanto às pilhas, a educadora Patrícia aponta que é preciso repensar a legislação, pois mesmo as produzidas de modo oficial no país e que pela lei atual podem ser jogadas no lixo comum, têm pequenas quantidades de metais pesados. Ao longo de muitos anos, essas pequenas quantidades também se acumulam na natureza e podem se transformar em um grande problema ambiental.
  • Uma dica para o consumidor é repensar se realmente precisa utilizar aparelhos a pilhas. Nos casos indispensáveis, deve-se optar por pilhas recarregáveis. É fundamental enviar as pilhas usadas sempre para reciclagem, mesmo que a legislação não obrigue a isso no Brasil. “Nos países da União Européia inclusive as pilhas comuns não podem ser jogadas no lixo comum, mas devem obrigatoriamente ser enviadas para reciclagem”, conta Patrícia.
  • As lâmpadas fluorescentes, da mesma maneira, segundo a legislação brasileira podem ser jogadas no lixo comum, embora contenham mercúrio na forma de vapor, um resíduo perigoso que, no momento em que a lâmpada quebra pode ser liberado para o ar e prejudicar o meio ambiente e a saúde humana. “Muitas empresas e universidades pagam para outras empresas promoverem a descontaminação. Nós , da USP, fazemos isso. Só aqui no campus da USP de São Carlos são encaminhadas para reciclagem  5 mil lâmpadas por ano”, explica Patrícia. O ideal, explica a educadora, seria que os fabricantes de lâmpadas ficassem responsáveis pela sua destinação adequada (descontaminação e reciclagem), já que o descarte desses materiais pode ocasionar contaminação ambiental, assim como acontece com as pilhas. Mas preste atenção, apenas as lâmpadas fluorescentes são recicláveis e não as mais comuns (incandescentes), que não são recicláveis.
  • Fitas cassete e disquetes têm sua parte exterior feita de plástico, que é reciclável. Mas a fita magnética, interna, ao contrário, não é. Se for possível separá-los e encaminhar o exterior para reciclagem, deve-se fazê-lo.

Materiais que não devem ser encaminhados para a reciclagem.

  • Embalagens metalizadas, como as de salgadinho e biscoitos
  • Etiquetas adesivas
  • Fita crepe e fita adesiva
  • Papel higiênico
  • Papéis plastificados (geralmente de embalagens)
  • Papel de fax
  • Guardanapos de papel e lenços de papel sujos (com restos orgânicos, por exemplo, de comida).
  • Fraldas descartáveis
  • Celofane
  • Fotografias
  • Lã ou esponjas de aço
  • Canos velhos
  • Espelhos e vidros planos (como os de automóvel ou box)
  • Porcelana (pratos, travessas, xícaras)
  • Tubos de imagem de TV
  • Lâmpadas comuns (incandescentes)
  • Materiais de cerâmica
  • Cabos de panela.
  • Espuma
  • Esponja de cozinha
  • Isopor: apesar de existir tecnologia para sua reciclagem, na grande maioria das vezes, ela não acontece. O melhor, por isso, é evitar comprar produtos embalados em isopor, assim como em outras embalagens não recicláveis ou de difícil reciclagem.
  • A madeira é um material orgânico, mas que não pode ser reciclado.

Orientações em geral

  • Todo material que esteve em contato com alimentos ou outros produtos orgânicos deve ser lavado e seco antes de ser separado. Com isso não haverá contaminação dos demais materiais, dificultando seu envio para reciclagem. “O material limpo evita o mau cheiro do lixo e não atrai animais, como ratos e baratas, por exemplo”, explica Ferreira. Claro que existe um gasto de água, mas estima-se que este seja ainda maior para fabricar um produto novo. E a limpeza a ser feita é apenas para tirar o material orgânico e não para “deixar o material brilhando”.
  • Usar copos e pratos duráveis ao invés dos descartáveis. Estima-se que se gasta mais água para reciclar ou fabricar um produto descartável do que para lavar um durável. O ideal no caso do copo de água, por exemplo, é optar por um durável e lavá-lo apenas à noite, na sua casa, ou no final do expediente.
  • Para diminuir o volume de lixo doméstico, antes de encaminhar para coleta seletiva, amasse as latas de alumínio e, no caso de garrafas Pet, tire a tampa e “enrole” a garrafa, fechando-a em seguida novamente. E corte embalagens longa vida, dobrando os lados destacados.
  • Na hora de escolher a forma de separar o lixo, seja em uma única lata de lixo  para recicláveis, ou dividindo os diversos materiais recicláveis em diversas latas de lixo, o importante é conhecer antecipadamente o programa de coleta seletiva da sua região. A escolha deve ser aquela que se adeque melhor a este programa e facilite o trabalho de coleta, triagem e envio dos materiais para reciclagem. “Cada consumidor deve analisar como é feita a coleta seletiva em sua região e sabendo para quem vai o material, escolher a melhor forma de separá-lo”, diz Patrícia.
  • Ferreira, da Coopamare, recomenda, como mínimo, que se separe o lixo em pelo menos dois sacos plásticos: um para os restos orgânicos (de preferência da cor preta); e outro para os materiais recicláveis (preferencialmente azul).

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