Uma playlist de TED Talks sobre redes

No final do ano passado dei uma aula sobre o movimento do TED e do TEDx no mundo num curso sobre redes. Preparei uma lista de 10 TED talks para a turma. Compartilho aqui:

Clay Shirky: Institutions vs. collaboration – http://www.ted.com/talks/clay_shirky_on_institutions_versus_collaboration.html

Misha Glenny investigates global crime networks

Nicholas Christakis: The hidden influence of social networks

Nicholas Christakis: How social networks predict epidemics

Sugata Mitra

Mitchell Besser: Mothers helping mothers fight HIV

Melinda French Gates: What nonprofits can learn from Coca-Cola

Ethan Zuckerman: Listening to global voices

Sebastian Seung: I am my connectome

Thomas Thwaites: How I built a toaster — from scratch

Sherry Turkle: Connected, but alone?

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A mólecula do amor

Texto publicado originalmente na revista Vida Simples, edição de 12/2011.)

Mente: o desafio é fazer o elefante e o condutor conversarem

Livro recebido de presente vai para o topo da lista da cabeceira. Nunca me arrependo desta máxima em que resolvi apostar. Não foi diferente com “The Happiness Hypothesis”, de Jonathan Haidt (infelizmente sem tradução em português), que ganhei de presente de um amigo que conheci no TED Global, em 2010, em Oxford, na Inglaterra. Meio ano depois, tive a oportunidade de reencontrá-lo e falar para ele o quanto este livro havia transformado minha vida e o jeito de ver o mundo.

Haidt é um psicólogo que estuda a moralidade e as emoções ligadas à moral. Este é o pano de fundo do livro, que trata de 10 grandes ideias, uma para cada capítulo. Haidt descreve estas ideias com base no conflito diário que nossa mente trava entre o que ele chama de elefante e o condutor. A parte consciente da mente é o condutor, que tem apenas um controle limitado do elefante, o inconsciente. O desafio é fazer com que os dois trabalhem de forma integrada, controlando — ou tentando controlar — nossas reações.

Haidt acredita que hoje existem três maneiras de fazer a mente trabalhar de maneira diferente, ajudando pessoas com uma “constituição infeliz” a verem o mundo de forma mais positiva. Uma das três maneiras é uma prática milenar, a meditação. As outras duas são mais modernas: terapia cognitiva e Prozac. De certa maneira, apesar de uma delas ser remédio, para casos extremos, é reconfortante pensar que o bem-estar da mente e a felicidade dependem basicamente de três coisas que podem um dia estar ao alcance de todos. Mas talvez exista algo mais fácil e quase instantâneo.

Nos estudos que fez para o livro, Haidt descobriu o poder de conexão da oxitocina e foi lá a primeira vez que ouvi falar deste hormônio. O livro fala de um estudo que mostra como a oxitocina foi liberada em mães latentes mais do que o normal somente por verem um video inspirador de um músico que recebeu ajuda do professor para largar a vida de gangues de rua.

Até já havia falado aqui da oxitocina, mas a  boa nova é que agora a palestra do neuroeconomista Paul Zak está no ar (http://bit.ly/tpiAvx). Em pesquisas aprofundadas, Zak descobriu que a oxitocina se manifesta em relações de confiança. Ele fez testes envolvendo transferências de dinheiro, em casamentos e até em saltos duplos de paraquedas. Zak descobriu que quanto mais confiança, mais oxitocina, mais confiança… A oxitocina é liberada quando nos sentimos bem, quando nos sentimos parte de algo maior, quando a confiança está no ar.

Ao final de sua palestra, lembrou que existe um jeito muito fácil de fazer o corpo produzir oxitocina: por meio de abraços. Oito por dia, mais especificamente. Ele ainda brincou que é chamado de Dr. Amor por causa disso. Mas esta é uma brincadeira muito séria. O amor é a base da vida em sociedade, a base da confiança. É o sentimento que nos torna possíveis como grupo social. É o que em, última instância, nos faz feliz. Então, além da meditação, terapia cognitiva e Prozac, quem sabe abraços para nos sentirmos melhor?

(veja aqui a palestra de Paul Zak no TED)

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O que é importante

Texto publicado originalmente na revista Vida Simples, edição de 11/2011)

Aqui há muita coisa que importa

Em agosto passado, fui até a Ilha Grande, no Rio de Janeiro, para organizar um TEDx in a Box, programa piloto do TED para eventos com poucos recursos. O público foi a brigada mirim ecológica, formada por jovens na faixa dos 14 anos que realizam ações ambientais na ilha.

Estávamos preparando o evento na Vila de Abraão, a comunidade principal da ilha. Era um dia de semana, com céu cinza, contrastando com a água verde-esmeralda da baía. Um dia ordinário na Ilha Grande. De repente, no casarão onde o evento seria realizado, surgiu a Neuseli. Na casa dos 50 anos, por volta de 1,60 metro, cabelos curtos brancos, brancos, Neuseli roubou a cena quando chegou contando sobre o livro Onde Deixei meu Coração, que havia escrito sobre a praia do Aventureiro, a dez horas de caminhada dali (somente carros oficiais circulam na ilha).

Neuseli tinha acabado de chegar de Aventureiro e no dia seguinte já iria voltar, como se estivesse indo na esquina comprar pão. Ela esbanja vitalidade e – mais importante – felicidade. Aproveita como ninguém a liberdade de ir e vir, ainda mais porque já se discutiu a retirada de moradores para preservar a praia de Aventureiro. Mais recentemente levantou-se a discussão sobre transformá-la numa Reserva de Desenvolvimento Sustentável, assim os moradores não precisariam sair de lá.

Em entrevista a um site, Neuseli diz que a maioria da comunidade não quer se mudar. “Sabemos conviver com a natureza. Queremos o direito de permanecer nesta localidade e meios dignos de sobrevivência, como plantar, pescar, fazer turismo (…).”

Vendo sua disposição e alegria de pertencer àquele lugar, eu me lembrei, primeiro, de um amigo que escreveu no Twitter dia desses: “Onde tem natureza, não tem miséria”. Em seguida, me veio a imagem de uma família de balinesas com quem convivi por dois meses entre as sessões de surfe numa viagem para a Indonésia. Eram mulheres que tinham apenas roupas, uma casa humilde, comida e família. Sua fonte de renda eram as massagens que faziam em pequenas construções de madeira nas praias paradisíacas de Bali. Não pegavam trânsito, não se atrasavam para os compromissos, não tinham dívidas para pagar a TV de LCD e não queriam sair de lá. Mais conforto poderia ser bom para elas, mas, sem saber disso, viviam a vida com sorrisos no rosto.

Vendo a felicidade da Neuseli e lembrando-me das balinesas, comecei a pensar na vida agitada da cidade, na poluição das grandes metrópoles, no trânsito, na sedução do consumo… E continuei pensando, até pegar o avião de volta para São Paulo, entrar novamente na rotina agitada e encontrar um tempo para escrever este texto…

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Estamos cheios ou abundantes?

Em fevereiro passado, o TED promoveu um debate intelectual sobre o uso dos recursos no Planeta Terra.

Paul Gilding disse que a Terra está cheia. (*para ver estes videos com legendas em português, acesse o site do TED)

E Peter Diamandis falou que a tecnologia nos salvará, pois vivemos na era da abundância.

Ao final, Chris Anderson promoveu um mini-debate com os dois no palco.

De que lado você está?

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Passamos dos limites

Parece que estamos tratando a terra com o amadorismo de um clipart. O planeta não vai esticar...

Está aqui um tema que não vou cansar de escrever sobre neste blog. Parece que vai demorar muito tempo para que a humanidade tenha a noção épica de que estamos vivendo numa era limite. Limite para nós do ponto de vista viável enquanto espécie com 7 bilhões de unidades. E além do limite do ponto de vista de uso dos recursos físicos do planeta.

Recentemente, o Valor publicou um artigo muito relevante do economista André Lara Resende. É especialmente importante ver um economista do calibre dele reconhecer que não havia prestado atenção ao tema da economia-maior-do-que-o-planeta antes. E é muito bom vê-lo reconhecer isto. Na minha visão, este é o caminho pelo qual muitos economistas ainda vão passar. Mesmo que pelo sofrimento. Quem estuda este tema, acredita que a humanidade passará por um processo custoso de adaptação a um planeta sob ataque. Somos  mesmo muito arrogantes. E vamos pagar caro por isso.

Vejam o trecho abaixo e leiam o artigo completo aqui.

“Gilding argumenta que passamos do limite físico do planeta. As evidências são hoje um consenso na comunidade científica. Apesar da vida de ativista, Gilding é a antítese do radical rancoroso. Seu livro faz a melhor exposição organizada, inteligente e ponderada, da evolução das pesquisas, da consciência ecológica e do estágio a que chegamos. Qualidades que em nada aliviam o impacto depressivo do tema. Gilding é, contudo, surpreendentemente otimista na capacidade de adaptação e de superação da humanidade. Não antes de enfrentar uma crise sem precedentes.”

*E para os céticos de plantão, aqui vai um app para iPhone chamado Just Science. É só um apanhado de dados que fala de aquecimento global. Só ciência.

App Just Science na Apple Store

 

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Procura-se palestrantes para o TED2013

Agora, você pode ser um palestrante do TED2013. Veja como!

E o TED, inspirado no fenômeno dos TEDx pelo mundo, dá um novo passo na missão de projetar pessoas e trabalhos incríveis via ideias que merecem ser espalhadas. Entre abril e junho de 2012, os curadores do TED farão uma busca mundial por possíveis palestrantes que possam se somar às mais de 1000 palestras que já estão disponíveis gratuitamente no site www.ted.com e que já foram  vistas mais de 400 milhões de vezes pelo mundo todo.

A ideia é garimpar em diferentes e inesperados lugares do planeta gente que tenha algo relevante para contar ao mundo. Para isso, serão feitas audições em 14 cidades do mundo, inclusive em São Paulo, a única localidade na América Latina.

Nestas 14 cidades (Doha, Londres, Joanesburgo, Nairobi, Tunis, Shangai, Bangalore, Seoul, Sydney, Tokyo, Vancouver, Nova Iorque, São Paulo e Amsterdã, pela ordem), os organizadores selecionarão os melhores candidatos para fazerem palestras de até 18 minutos no TED2013, em Long Beach, na Califórnia. O tema da conferência será: “The Young. The Wise. The Undiscovered”.

A audição do TED em São Paulo acontecerá no dia 11 de junho, em local ainda não definido. As inscrições para os participantes a serem escolhidos pelo TED ocorrerão entre os dias 3 e 23 de abril através de uma plataforma online. Os participantes poderão adicionar vídeos que mostrem por quê devem ser escolhidos para as palestras nas cidades. A partir das inscrições, serão escolhidos pelos organizadores até 30 palestrantes para participar da etapa de São Paulo. Todas as falas da audição serão gravadas e alguns dos vídeos poderão até ser publicados no site do TED (www.ted.com).

As palestras deverão ser feitas em inglês e em um período de no mínimo 3 e no máximo 6 minutos. A palestra a ser dada no TED 2013, no entanto, poderá ser ministrada em até 18 minutos. Todos os custos de viagem, hospedagem e alimentação dos vencedores será coberto pelo TED.

O TED está procurando pessoas que possam se destacar nos seguintes tópicos:

  • O Inventor: que divida uma invenção com potencial para mudar o mundo
  • O professor: que divida conhecimento de maneira memorável para jovens ou adultos
  • O prodígio: jovem talento pronto para emergir
  • O artista: que possa mostrar seu trabalho de uma forma completamente diferente
  • O performista – música, dança, comédia, drama… ou algo totalmente diferente
  • O sábio –  a sabedoria que o mundo precisa por aqueles que aprenderam do jeito mais difícil
  • O entusiasta: com paixão contagiosa pelo tópico que escolher falar
  • O agente de mudanças: que ajude a moldar o mundo com um trabalho que realmente importa
  • O contador de histórias: intenso, original e significativo… com um talento para se conectar
  • O que despertará a faísca para mudança: com uma ideia poderosa que valha a pena espalhar

Procura-se gente nova: os candidatos não podem ter participado em alguma conferência do TED ou ter seu vídeo publicado no TED.com.

Esta é uma excelente chance de pessoas incríveis poderem mostrar seu trabalho para o  mundo. Você pode ajudar espalhando esta boa nova e ajudando a encontrar possiveis palestrantes. Aguarde mais informações e prepare-se para ajudar a montar o programa do TED2013 com suas indicações!

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As tendências do TEDGlobal 2011

Na edição de fevereiro da minha coluna na revista Vida Simples, fiz referência a uma apresentação que preparamos para as equipes da LiveAD e da Box1824 sobre as principais tendências que emergiram das mais de 50 palestras feitas no TEDGlobal 2011, em Edimburgo, na Escócia.

Resumidamente, eis as 5 principais tendências apresentadas:

1. A evolução da discussão sobre Transparência;

2. A visão sobre desigualdade social e a necessidade de criar oportunidades de desenvolvimento para todos;

3. A natureza humana, o espírito ciborgue e o avanço da tecnologia funcional para o corpo;

4. A eterna busca pelo melhor entendimento da mente;

5. O que vem pela frente em avanços tecnológicos e médicos.

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Os mais acessados de 2011

Pegaram até o Bin Laden em 2011

Parecia que não ia, mas 2011 acabou. O último mês foi incrivelmente intenso, não deu nem tempo de atualizar o blog. Mas para não deixar a tradição morrer, aqui vão os 20 post mais acessados de 2011. (Gostei do resultado final – a maioria dos mais vistos acessados são temas que fazem cumprir o objetivo deste blog, que é discutir assuntos relevantes e que podem impactar a maneira como vivemos no mundo. E já são mais de 53 000 acessos!).

Então, aí vai.

Top 10 de 2011

1. Gerar mais valor para os acionistas ou jogar mais bola com a gurizada?

2. A era da transparência – o novo Renascimento

3. 10 coisas que aprendi com o mar

4. O único lugar do mundo onde é ruim ter metrô

5. “Imagine se…”: o melhor do TED 2011 – parte 1

6. De onde vem tanta safadeza? Da moral de cuecas…

7. A superpotência do amor

8. O futuros dos TEDx

9. Transparência e diálogo: tendências do TED2011

10. É preciso saber cuidar

Hors concours

E aqui vão alguns posts que não foram publicados em 2011 mas estiveram entre os mais acessados (na verdade, os dois mais acessados de 2011).

A baleia Orca e a falta que faz a liberdade

Entenda o impacto da construção da usina de Belo Monte

 

Feliz 2012 para todos!

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Amazônia tóxica, o documentário

Zé Cláudio na frente da Castanheira (foto de Felipe Milanez)

Logo depois que o Zé Cláudio morreu, apesar de ter avisado no palco do TEDxAmazônia que isso ia acontecer, nosso amigo Indiana Jones, o jornalista Felipe Milanez, estava lá, onde Zé Cláudio morava, para ajudar os que tinham ficado. Tarimbado e frequentador assíduo da Amazônia, Felipe conhece a região como poucos. Conhecimento que foi bem aproveitado na realização do filme Amazônia, na série Toxic, da Vice. Aí está contada em alguns detalhes a história da morte de Zé Cláudio e sua esposa Maria, o aumento do arco de desmatamento, a viagem por quilômetros e quilômetros de estrada em áreas devastadas até o depoimento fascista de um deputado que acha que as pessoas que defendem a floresta estão atrapalhando o desenvolvimento do Brasil.

Enfim, um show de horror de dar vergonha alheia.

(Este documentário vem em boa hora no momento em que a discussão de Belo Monte está muito quente. Aliás, quem não viu, precisa conhecer a campanha abaixo do Movimento Gota D’Água. Muito bem executada e já com bons resultados!)

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27 metros – A maior onda já surfada

No mundo do surfe, existe uma busca para surfar uma onda de 30 metros. Uma onda de 100 pés, na métrica dos surfistas. São monstros oceânicos que só permitem serem cavalgados por meio do tow-in, uma técnica que possibilita que um surfista coloque o outro em uma onda por meio do jet-ski. Desta maneira, há velocidade suficiente para conseguir dar conta de deslizar mais rapidamente que a velocidade da onda — algo que não seria possível na remada.

No ano passado, um brasileiro, o Danilo Couto, ganhou o título de maior onda surfada na remada. O drop (descida na onda) que o fez ganhar foi uma insanidade. O palco era Jaws (mandíbulas), uma das ondas mais perigosas do mundo. Chamada de Pea’hi, em havaiano.

Danilo Couto desce uma onda de 20 metros na remada. Foto: Erik Aeder (revista Trip)

Nesta semana, Garrett McNamara, um cara nascido longe do mar, em Milwaukee, nos EUA, surfou uma onda calculada em 27 metros, a maior já surfada até agora. As imagens são impressionantes.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=dyBzYCEyUlE]

São de dar medo, mas ainda acho que o amigo de Garret, Laird Hamilton, surfou uma onda ainda mais cavernosa, esta abaixo, em Teahupoo, no Haiti. 

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=pYQQtxb8wv0]

E o mais próximo que algum dia chegarei destas ondas gigantes surfando é por tabela, com meu amigo Pedro “Manga” Aguiar, a grande inspiração aquática deste blog. Manga estava em Teahupoo no maior mar já surfado por lá. Surfe gigante é um esporte diferente. Exige dedicação total. Não é coisa para final de semana. No ano 2000, passei dois meses com meu irmão e um grupo de mais 4 amigos surfando na Indonésia. Todos voltaram para suas vidas normais, mais cedo ou mais tarde. Menos o Pedro Manga. A vida normal dele é viajar pelo mundo, em busca das grandes ondas. A recompensa está abaixo. Põe pra baixo, Pedruglio!

Pedro Manga colocando para baixo em Teahupoo, no Taiti

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=Ogm_OZ8xpTE]

 

>> Para quem quiser saber mais, vale a pena ler o livro “A Onda”, escrito pela jornalista Susan Casey, sobre aquecimento global e as incríveis ondas de mais de 30 metros que andam aparecendo por aí. 

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